Desde já peço desculpa ao AMN (A Arte da Fuga) e ao JLP (Small Brother) por me "meter" nesta conversa, que de seguida resumo:
Começou AMN por referir que mais importante do que a importância de discutir a existência ou não de Partidos Liberais, é discutir a eventual existência de votos liberais.
JLP retorquiu com a convicção que um programa e um discurso bem construídos seriam mobilizadores, adiantando, inclusive, algumas medidas. Medidas essas que AMN considerou não serem de agrado fácil, porque implicam um redimensionamento da responsabilidade individual que muitos recusam.
Concordando com ambos, gostaria de agarrar no "programa e discurso bem construídos" referido pelo JLP, e referir que, neste aspecto, há tudo a aprender com a esquerda.
A esquerda sabe que o veículo de qualquer mensagem política é a comunicação social, e também sabe como esta funciona. Os títulos dos jornais, ou as noticias de abertura de telejornais não se enchem com "meios" mas sim com "fins". Um "Partido X promete mais/melhor emprego/educação" será sempre escolhido em detrimento de um "Partido Y promete acabar com participações do Estado/obrigações sucessórias".
Daí que todos os "meios" (medidas) propostas pelo JLP teriam que ser veículadas como "fins" para captarem a atenção do público.
E não é uma tarefa impossível: Diogo Leite de Campos, há cerca de uma semana, numa entrevista na SIC-Noticias, como já destacou o CAA (Blasfémias), expôs de forma clarissima o que todos teríamos a ganhar com a redução de impostos. Numa intervenção de uma simplicidade brilhante, apresentou "fins", sustentados q.b. com alguns "meios".
Parece-me, por tudo isto, que se arranjam votos liberais.
Parece-me bem mais dificil arranjar em quem votar.
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