domingo, 9 de dezembro de 2007

Lisboa: a Sin City do mundo

Com a elevada concentração de criminosos "em massa" deste fim-de-semana, Lisboa tornou-se por momentos na Sin City do mundo.
Figuras com bastante mais sangue nas mãos do que nas veias foram recebidas como "iguais".
Do que falarão entre si estes déspotas? Discutirão as suas experiências, as suas memórias? Lembrarão alguns que mataram? Contarão piadas sobre isso?

Para desgraça de muitos milhões de pessoas, são personagens demasiadamente más para serem de ficção. Nem Miller com o seu traço sombrio as conseguiria inventar.


sábado, 17 de novembro de 2007

Génios à solta - Bowie

Teen Jolie

Mas porque raio estive eu no Liceu de Belém-Algés (também conhecido como Auschwitz) e não num Liceu algures nos States na turma desta singela rapariga?
A minha mulher que me perdoe (eu, afinal, estou quase nos 40, não é?).

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Tens mesmo a certeza que já não tens nada para me dizer?

Casal nos quarenta anos num restaurante, 12,30h:
- 'Tá bom Xor Zé. O que temos hoje? Para mim pode ser.
- Para mim pode ser o bacalhau.
- ...
- ...
- ...
- ...
- Ora aqui está ele. Traz-me mais um jarrinho?
- Traz-me o sal se faz favor?
- ...
- ...
- ...
- ...
- Traz-me os palitos se faz favor? E um café?
- E um café também para mim.
- ...
- ...
- ...
- ...
- Até amanhã Xor Zé.
- Até amanhã Senhor Zé.

domingo, 11 de novembro de 2007

Rui Costa e a indústria porno


Se o golo é o orgasmo do futebol, os passes do Rui Costa são o quê?

Hoje, aquele passe que passou pelo meio de 3 defesas provocou-me, confesso, uma erecçãozita.

Os passes do Rui poderiam ser toda uma nova indústria porno.

O Sá Leão que se cuide.

sábado, 10 de novembro de 2007

Na terra dos ovos moles

Viagem à terra dos ovos moles ou à Veneza portuguesa (escolham o lugar comum que preferirem).

Aveiro é uma bela cidade que, além do que já referi, tem outra raridade: um centro comercial que não parece um centro comercial. Imaginem que está bem enquadrado na cidade. Não estou a gozar, não. Os meus parabéns aos arquitectos do Fórum Aveiro (não foram vocês os autores do projecto do Fórum Almada, pois não? Pois não, esse foi o Stevie Wonder. Desculpem).



Bom, eu e a minha familia fomos a Aveiro para ver uma exposição da Lúcia David, na Galeria Enquadrar. Comprámos uma das obras, que adorámos, mas foi apenas a 4ª na lista dos favoritos (as outras já estavam vendidas ou reservadas). Infelizmente, não tenho nada para vos mostrar dela, mas se por acaso passarem por Aveiro dêem uma espreitadela. A galeria fica mesmo junto ao mercado do peixe e depois aproveitem para almoçar no restaurante que fica mesmo por cima do mercado, que além de peixe obviamente excelente (só têm que descer as escadas para o ir buscar), tem vinho praticamente a preço de custo.

Vá lá, burgueses suburbanos. Levantem-se dos sofás e mergulhem no nosso Portugal.

p.s. trouxemos uma barrica de ovos moles para nós e outra para oferecer. Comemos a primeira e oferecemos a segunda a nós mesmos e também já a comemos.

p.s.s. queria apresentar uma reclamação aos senhores que fazem as barricas: façam-nas com a abertura mais larga porque um gajo vê-se à rasca para lamber o restinho de ovos moles que fica no fundo.

p.s.s.s. queria apresentar outra reclamação aos senhores que fazem as barricas: façam-nas com madeira menos maciça porque eu tentei parti-la para chupar todos os bocadinhos e não consegui.

p.s.s.s.s. estou a brincar relativamente às reclamações, claro. Bom, na verdade, só estou a brincar quanto à 2ª reclamação.

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Doce ou travessura?!

Já não nos bastava a importação do carnaval brasileiro, com aquelas alvas lusas a abanarem a celulite no frio de Fevereiro. Agora também se quer importar o Halloween. Eu acho verdadeiramente deprimente aquela tradição do "Pão por Deus" mas ainda assim prefiro-a a mais esta americanada. E se por acaso algum puto vier a ter o azar de me tocar à porta e dizer alguma coisa parecida com "Doce ou travessura", leva com uma bela abóbora nos ainda tenros cornos.
Querem divertir-se com abóboras? É simples. Façam doce e comam-no, portuguese way, com requeijão.

Génios à solta - Kubrick

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Cena de um filme inexistente

- Eu...
- Sim?
- Eu... sinto-me fascinada por si.
- Porque...
- Sempre quis ser possuída por um homem mais velho.
- Eu posso-lhe apresentar o meu pai, se quiser.

sábado, 27 de outubro de 2007

"Realizing your dick is small is just the beginning"

Bem novo, e por cortesia de um primo bem mais velho e irremediavelmente tarado, vi um filme, ainda em Super8, com o lendário John Holmes.
Por isso, caros senhores da empresa que insistem em propor-me acrescentar várias polegadas ao meu pénis, há mais de 20 anos que "realizei" que o meu pénis é pequeno. E, talvez estranhamente, sempre vivi bem com isso. E olhem que o John Holmes, apesar da sua grandeza, já não pode dizer o mesmo.

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Cena de um filme inexistente

- Espera, não dispares. Eu não matei o teu pai.
- Um de vocês cinco matou.
- E vais-nos matar a todos?
- Sim. Assim tenho a certeza que matei o assassino do meu pai.
- Vais matar quatro inocentes. Conseguirás viver com isso?
- Os remorsos deixam-me viver. A raiva não.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Benfica 1 Celtic 0

Assim de vez em quando, ainda há justiça. E como é bela a justiça quando veste de encarnado.
O Cardozo, para mim, já está confirmado. É jogador, sim senhor. Apesar de assobiado e do azar sobrenatural que o afectou, mostrou cojones, assumiu a coisa e ganhou o jogo.
Por falar em sobrenatural: o passe do Di Maria, meus amigos. Só aquele passe pagou o bilhete.

Resultado: lá vou eu à bola outra vez no domingo.

Laptops? Piaçabas!

O Sócrates anda para aí a oferecer laptops para a malta se familiarizar com as novas tecnologias. Errado! A malta nem sequer domina actividades básicas, quanto mais computadores. Passo a explicar:
Nas WC do edificio onde trabalho, e em que a população residente até tem qualificações bastante superiores à média, as sanitas estão, invariavelmente, cagadas. Obviamente que as sanitas foram construídas para isso mesmo, mas é suposto limpá-las após cada utilização para que o próximo utente tenha um melhor ambiente.


Por isso, Sr. Primeiro Ministro, antes de oferecer computadores, comece pelo principio: ofereça antes piaçabas. Mas com livrinho de instruções.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Agressividade matinal

Um homem, dos seus 50 anos, sai do seu carro e grita com um taxista que, mantendo-se sentado, não deixa de responder. Não ouço o que eles dizem mas não preciso. Estão, com certeza, a adjectivar a mãe um do outro. O cinquentão, com pose de galo, termina o certamente elevado diálogo com o tipíco gesto de braço de quem vai pregar uma estalada no outro e volta para o seu carro. O taxista mete a cabeça de fora da janela e larga mais uns impropérios de natureza bastante marcante, dado que motivou o regresso do Galo. Este, tipo Ronaldo mas sem bola, pontapeia em grande estilo a porta do Taxi. O taxista abre a porta mas o outro logo a segura, tentando evitar a sua saída. Na cara do Galo vê-se agora que se transformou num Pinto. É normal: a coragem de alguns é inversamente proporcional à de quem se enfrenta.
O Galo transformado em Pinto, conhece outra transformação. Agora é Galgo, e corre rapidamente para o seu carro. O taxista revela-se finalmente - um metro e meio de gente - e com ele traz uma espécie de bastão. As suas pernas pequenas e eventualmente o peso do bastão não lhe deram o impulso suficiente para atingir o carro do outro, cujos pneus guincharam enquanto carregavam o ex-Galo, ex-Pinto e agora Galgo, rumo à fuga.

Nunca deixo de me espantar com estas agressividades matinais. Não sei se é resultado de pequenos-almoços demasiado calóricos ou de haver homens que vivem mal por terem pilas pequenas ou por outra razão ridicula qualquer. O que sei é que há uma regra básica de sobrevivência no trânsito, e que o tal cinquentão desconhecia ou desrespeitou: nunca se metam com taxistas. Ou nunca viram o Taxi Driver?

domingo, 21 de outubro de 2007

Jantar materno

A minha mãe, desde que me lembro, que me chateia pela minha barriga, mesmo nos meus orgulhosos tempos dos 70 kgs. "Esta barriguinha", dizia, e diz, com ar reprovador.

No entanto, os jantares demonstram alguma incoerência com esta atitude. Invariavelmente, metem bifinhos com molho e muito pão.


Ontem, ao jantar, em cima dos bifinhos, para além do molho, um ovinho estrelado. E acompanhado sempre com uma pergunta persistente da minha mãe: "Não queres mais pão?". Claro que quis. Até porque, para além do meu ovo estrelado, ainda acabei por comer grande parte do ovo da minha filha.

E poderiam dizer que eu deveria dizer não, aliás, "nãos": um não aos bifinhos, outro não ao molhinho, outro não ao ovo estrelado, outro não ao outro ovo estrelado, e um não por cada bocado de pão.
Mas obviamente que não posso. Achariam bem que melindrasse uma senhora com setenta e tal anos?

Coffee and cigarretes (4ª semana)


O fim de semana anterior foi passado na Eurodisney. Entre rides na Space Mountain (espectáculo!), andar com a minha filha às cavalitas e no carrinho, ainda fiz algum exercicío.

Mas a inexistência de outra coisa para comer que não fast-food, digamos que não ajudou.

Hoje, depois de um jantar materno (que já vou referir a seguir) e de uma 1,30h de bicla, registo 89 kgs.

Not so bad mas a luta continua. Sou o Jerónimo de Sousa do meu peso: "Luto contra a exploração das minhas gorduras pelas calorias capitalistas!"

sábado, 20 de outubro de 2007

Excitações

Num restaurante em Lisboa, uma da tarde, um casal conversa:
Ele: Ainda não lhe paguei, não.
Ela: Não pagaste?! Mas ele já te entregou a factura.
Ele: E então?
Ela: Então?! Ele entrega-te a factura e tu não lhe pagas?
Ele: TU SABES O QUE É UMA FACTURA, MINHA PARVA?
Ela: CLARO QUE SEI. É O QUE SE ENTREGA QUANDO SE RECEBE DINHEIRO.
Ele: NÃO, MINHA PARVA. ISSO É UM RECIBO.
Ela: E TU NÃO ME CHAMES PARVA, OUVISTE?
Ele: EU JÁ ESTOU FARTO DA MERDA DESTA CONVERSA.
(pausa de 20 segundos)
Ela: O que queres de sobremesa?
Ele: Acho que o leite creme é muito bom. Queres um a meias?

Benfica-Setúbal

Uma equipa que alinha com um jogador que se auto-intitula, com orgulho, "Miguelito", mais do que condenada ao fracasso, está condenada ao rídiculo.
Para além disso, julgava eu que tinhamos comprado o Zoro, mas afinal compraram o Tonto.
Valha-nos o Adu, que tem um registo fantástico: 1 golo por cada 4 toques (não são remates, são mesmo toques) na bola.

domingo, 7 de outubro de 2007

Ganhámos!

Lá ganhámos um joguito, contra um Leiria com muito poucas pernas.

Está visto que a melhor contratação da época é o Cebola, um tipo que chega aos calcanhares do Futre, embora tendo exclusivamente em conta a relação preço-qualidade a melhor contratação tenha sido o Binya, uma espécie de Makelele em formação (com um bocadinho de boa vontade, claro).


Quanto ao Cardozo, enfim, vamos dar-lhe tempo. Mas não me conformo por não termos dado apenas 5 milhões pelo Miccoli e termos apostado 9 milhões neste paraguaio.

Coffee and cigarretes (2ª semana)

Um amigo meu, mais velho e sempre muito preocupado com a imagem, disse-me, há uns anos, algo inesquecivel: "Puto, quando te conheci eras o Vanderloo. Agora, és uns nojo de homem".

É daquelas frases que de vez em quando me batem na testa.
Na minha recentissima senda de deixar de ser um nojo de homem, tenho a dizer que na sexta-feira, depois de 1,30h de bicicleta, o meu peso registava menos 1,5 quilitos do que na semana passada.

Os 40 minutos de bicla de hoje foram impotentes para suster os efeitos do Assuka e do Haagen-Dazs de sábado à noite: regressei aos 90.

Tal como no monopólio, regressei à casa de partida. Mas a luta continua!

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Blitz

Recomecei a ler a Blitz nas férias de verão. A ultima vez terá sido há uns 20 anos, ainda em formato jornal.
É uma revista interessante da primeira à ultima página, com gente apaixonada por música que escreve sobre ela de forma perceptível, e não como se estivesse a ensaiar, em cada crónica sobre um disco, uma tese de doutoramento (como acontece com a maioria dos críticos da nossa praça).


Comprem. É mais barato do que um maço de tabaco e pode ser lido em recintos fechados.

domingo, 30 de setembro de 2007

Coffee and cigarettes (1ª semana)

O café já foi, que não me fazia falta nenhuma, apesar de beber entre 4 a 6 por dia.

A seu tempo também irão os cigarros, mas para isso tenho que perder uns quilos.





Já comprei uma bicla, e hoje já foi uma 1,30 h de pedal, e uns 3 litros de suor.
Durante a semana, vou voltar ao peixinho grelhado, para ver se deixo de ter um peso de peso.




Começo com uns belos 90 quilos. Para a semana voltamos a falar.

Dedicado à minha cunhada mais velha, perdão, mais antiga, perdão, mais madura, perdão, mais experiente



Rendo-me: são, de facto, igualzinhos. Tipo Sofia Loren e Odete Santos.

Recado

Bacano (sim, tu!): como é que ficou o nosso pãozinho? Já arranjaste nome não-passível-de-processo para a coisa?

Ide ler, ide

"O que é (e notem que cito) a «geração broche»?"

Pedro Mexia in Estado Civil

Vida mais facilitada


A vitoria de Menezes nas directas do PSD simplificou-me a vida.
Já sei, a cerca de dois anos de distância, como vou votar nas legislativas.








Reequilíbrio

A saída de Fernando Santos do Benfica aliviou-me de uma forma transcendente. Voltei a ver o Benfica com alegria e com o irracional, e irritante (para os outros), optimismo de outrora.

Benditos sovacos suaditos do Camacho, que substituíram aquele esgar de quem não consegue cagar desde 1967.

De regresso

Depois de mudar de casa, estive ocupado a mudar de emprego. Deixei uma espécie de circo mafioso, em que, apesar de passar momentos muito maus, aprendi muito, e fiz coisas que me orgulham. Mas continuar era, simplesmente, uma loucura.
Tive a sorte de poder mudar para um bom projecto, muito ambicioso e exigente q.b., e que me permite empurrar o trabalho para o seu canto.
Voltei a ter grande disponibilidade mental para me dedicar ao mais importante: familia, amigos, Benfica, música, filmes, livros, ... e também aqui, à Casa Desassombrada, que foi, por uns tempos, uma Casa Desocupada.

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Centro Cultural de Berardo

O CCB foi uma obra alvo de grande polémica, polémica essa que se desvaneceu, completamente, com o tempo. Tornou-se num foco de diversidade cultural, sem nunca perder a coerência, cumprindo aquilo que me parece o essencial num "aparelho" cultural: chegou às pessoas. E a muitas.
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O Centro Cultural de Belém desapareceu e deu agora lugar ao Centro Cultural de Berardo. Contudo, Berardo não me merece nenhuma crítica. Limitou-se a defender os seus interesses. Não era a ele que competia defender os nossos interesses, era ao Governo. E a Sócrates, principalmente, que arrumou o assunto, com a cegueira costumeira, que alguns ainda teimam em chamar convicção.

sábado, 16 de junho de 2007

Aos 1126 dias

A minha filha começou por manifestar a sua vontade em convidar os seus amigos para vir cá a casa. Depois, foi mais longe: quer ir ao Algarve com eles. E de carro.
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Ser pai inclui saber lidar com a progressiva independência dos filhos, e eu tento estar preparado para os gritinhos de Ipiranga que vão aparecendo aqui e ali.
E querer convidar amigos para casa e ir para o Algarve com eles, não tem nada de mais... para um adolescente, ou, pronto, um pré-adolescente.
Mas o raio da míuda tem 3 anos, catano. Se ela aos 3 anos já quer ir curtir para o Algarve, o que me espera aos 6? O InterRail? E aos 9? Manifestações anti-globalização?

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Aos 1121 dias

Eu num lado, ela no outro, com a bola.
Ela aponta e diz: o pai é do Benfica. E eu...
(Pânico. Num micro-segundo, passa-me pela cabeça que o director da escola é do Sporting. Será que ele se armou em espertinho e lhe ensinou a dizer que é do Sporting? Pior: será que alguma educadora ou mesmo uma mãe ou pai lhe ensinaram a dizer que é do Porto? E se ela disser, o que é que eu faço? Dormir sem jantar? Escondo-lhe os brinquedos? Malas à porta? Sova monumental? Ou simplesmente desato a chorar?)
...também sou do Benfica.
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Alívio. Os fundamentos essenciais a uma boa educação já lá estão. Entranhados.

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Janssen? Venha ele

O Benfica está interessado no holandês Tim Janssen. Sobre Janssen pode-se ler no wikipedia o seguinte:
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"Tim Janssen (Eindhoven, 6 maart 1986) is een Nederlandse voetballer die op dit moment voor RKC Waalwijk speelt. Hij staat bekend als een talentvolle spits."
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Não percebo um boi de holandês, mas "talentvolle" soa muito bem.
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Venha ele!

domingo, 3 de junho de 2007

Aos 1112 dias

A mãe ia para um jantar de galinhas. Para despistar um eventual descontentamento pela ausência da mãe, adiantei logo um programa fabuloso: "Vamos jantar na sala!".
A minha filha alinhou. Fizemos corridas para ver quem é que levava primeiro os guardanapos, o pão, quem é que chegava primeiro ao quarto, lutámos pelo babete, enfim, uma enorme diversão.
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E assim, ela não se queixou da falta da mãe, e eu pude ver o Bélgica-Portugal. Ou melhor, pudemos ver - sim, que ela já disse à mãe, espontaneamente, que gostava de futebol (orgulho do pai...).

Bloco amolece

Isto poderia ter sido uma moção vencedora num congresso do PS, bastaria trocar o "Governo de Sócrates" por um do PSD.
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Estava eu à espera de mais uma causa fracturante, uma coisa tipo "lutar pelo direito dos casais homossexuais, imigrantes e toxicodependentes em adoptar crianças" e sai-me isto?
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O Bloco está a amolecer.

sexta-feira, 1 de junho de 2007

Aos 1111 dias

- Boa tarde.
- OLHA, O PAI. JÁ VISTE O PAI?
- Então, estás a brincar cá fora?
- POIS ESTÁ. HOJE O TEMPO ESTEVE BOM.
- Estás com as mãos tão sujas...
- EU JÁ PEDI PARA TER UMA MANGUEIRA CÁ FORA, PARA OS PAIS OS PODEREM LAVAR ANTES DE IREM PARA CASA.
Nota: hoje foi um dos raros e felizes dias em que pude ir buscar a minha filha à escola. Venho é sempre com os ouvidos a zunir: falar com educadoras no final do dia, é como ficar ao pé de uma coluna num concerto dos Metallica.

quinta-feira, 31 de maio de 2007

A culpa é do sistema

Aderi ao Soccer Manager (www.soccermanager.com). É uma versão muito simplificada do Championshion Manager, em "online", mas com a vantagem de entreter e não pôr em causa o meu casamento (e o resto da minha vida toda, já agora).
Mas, depois de 3 jogos liderando o Estugarda (já não havia equipas mais decentes na liga para que fui convidado), levo com duas derrotas e um empate. E no último, vejo, com indignação, a seguinte incidência no relatório:
"41: Jose FERNANDO MEIRA is tripped in the box but the ref waves play on".
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Escandalo! Estou a ser prejudicado pelo sistema! Neste caso pelo sistema informático!
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Precisamos, também aqui, de limpar o futebol. Venha daí um "Chip dourado".

quarta-feira, 30 de maio de 2007

A alegria do defeso

Acabando o campeonato, começa o defeso. E com ele, a altura do ano mais alegre para um benfiquista: quase todos os dias temos os jornais a colocar a hipótese de contratarmos jogadores fantásticos e de despacharmos os pernas de pau. Ah, como eu adoro o defeso.
E depois vem Julho e a realidade: o Beto, o Marco Ferreira e outros que tais ainda não saíram, os fabulosos atacantes afinal não vieram e o Miccoli, apesar do seu amor pelo Benfica, vai jogar no Porto.
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Mas, até lá, meus amigos, temos uma equipa do caraças!

sábado, 26 de maio de 2007

quinta-feira, 24 de maio de 2007

Temos Mourinho

"Eu para o ano vou ser campeão", afirmou Fernando Santos à Sport Tv, plagiando, segundo palavras do próprio, Mourinho.
Muito bem, é um começo.
Só lhe falta:
  • comprar um sobretudo decente;
  • mudar de penteado;
  • perder aquele esgar de dor figadal quando se levanta do banco;
  • aprender outras tácticas;
  • ser capaz de alterar uma táctica durante um jogo;
  • pôr a jogar mais de 13 jogadores durante uma época;
  • fazer substituições a mais de 5 minutos do fim do jogo;
  • fazer com que os jogadores se tornem melhores jogadores ou, no mínimo, que não se tornem piores;
  • não perder jogos com equipas de 3ª dimensão europeia;
  • ganhar uma Super-Liga;
  • ganhar uma Taça UEFA;
  • ganhar uma Liga dos Campeões.

Obviamente, que Santos não conseguirá fazer isto tudo num ano. A minha expectativa é que Santos, na próxima época, conseguirá, com esforço, comprar o sobretudo. Na Maconde.

E é só.

António Costa

Carmona Rodrigues fez bem em candidatar-se. Tem o direito de o fazer, como teve o direito de não concordar com o seu "despejo".
A candidatura de Carmona Rodrigues, bem como as outras "milhentas", não prejudicará o PSD. Para um partido sem hipóteses de vencer, a profusão de candidatos só ajuda: atenua a dimensão da derrota.
É António Costa quem tem mais a perder perante este cenário de múltiplas candidaturas, pela inevitável dispersão de votos, e, especialmente, com as candidaturas de independentes. Estes captam votos transversalmente, e todos abraçarão uma causa hoje em dia tão popular: bater nos partidos. E os do Bloco Central são sempre os mais apetecíveis.
Junte-se a isto a OTA e o desemprego - que naturalmente lhe vão ser apontados como ex-nº2 do Governo - e a maioria que Costa pediu está cada vez mais longe.

Cavaco Silva

Votei em Cavaco Silva para, pela primeira vez, termos um Presidente a exercer o seu cargo sem ter em conta interesses pessoais ou partidários, promovendo um ambiente de cooperação com os outros orgãos de soberania, da forma mais discreta possível.
Em quase tudo, o oposto de Jorge Sampaio, mestre da incontinência verbal, que resultava em muito do seu desconhecimento da realidade governativa e, em certos casos, da realidade, ponto.
No entanto, aquando do triste episódio das caricaturas de Maomé, foi Jorge Sampoio que veio a público relembrar o essencial: que a liberdade de expressão não pode ser colocada em causa.
E é isso o mínimo que eu espero de um Presidente da República: que salvaguarde o essencial.
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A atitude deste Governo, visível em diversos episódios - bem apontados por Paulo Rangel no seu discurso no 25 de Abril - legitima o acordar do velho respeitinho (como lhe chama JPP). E tenho poucas dúvidas que foi este ambiente de respeitinho que legitimou a descisão inqualificável da tal Directora Regional que suspendeu um professor por este ter dito uma graçola.
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Cavaco Silva tem mantido o silêncio sobre tudo. Mas este episódio da suspensão do professor é gravíssimo, porque viola o essencial, pôe em causa a liberdade de expressão.
Daí que o Presidente da República perdeu uma boa oportunidade para não estar calado.

segunda-feira, 21 de maio de 2007

Assim de repente. Vá, a sério, assim de repente.

Por falar em imaginário infantil

Descobri uma notícia sobre a nossa (dos trintões) Heidi.
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Do dia-a-dia?
Relembro que a história de Heidi passava por ela ser orfão, ter sido levada pela tia para ser criada por um avô viúvo, que criava cabras na montanha.
Do dia-a-dia?
Depois a Heidi voltou para a cidade, para ser criada juntamente com uma criança paraplégica.
Do dia-a-dia, Salvado? Fosga-se!
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Razão tem o pai dessa figura mítica da TV portuguesa que dá pelo nome de Serenela (é com 1 ou 2 éles? Nunca sei) Andrade:
O motivo "até porque não havia mais nada" foi responsável pela popularidade de cerca de 99% de todos os filmes e séries dessa altura.
Incluíndo dos filmes e séries que "falavam das coisas do dia-a-dia", como, para além da Heidi, claro, os 3 Duques, o A-Team e esse grande drama familiar, o Star Trek.

Para compor o imaginário infantil

Duas das grandes figuras do imaginário infantil actual têm tudo a ver com a realidade portuguesa: um taxista, o Noddy, e um construtor, o Bob.
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Para compor as coisas, proponho a criação de uma nova figura: Tim, o autarca.
Tim é muito amigo de Bob com quem gosta de jogar monopólio, deixando-o construir casas nas zonas mais nobres do tabuleiro. É curioso que Tim nunca pára na prisão.
Tim também gosta muito de desporto, sendo o presidente do clube local. Tem outro grande amigo, o Oleg, que é árbitro, etc, etc, etc...
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Tem potencial, ou não tem?

domingo, 20 de maio de 2007

Vendo a coisa pelo lado positivo

Pode ser que, com o título, Jesualdo continue treinador do Porto.

In Neca we trust