O karting consiste numa actividade onde uma dezena de gajos pagam uma soma obscena para se armarem em Fittipaldis.
Mas para mim, andar de kart tem vários problemas:
- não há rádio, e eu gosto de conduzir a ouvir uma musiquinha. Para além disso, não se ouve o trânsito e eu nunca sei se é melhor ir pela curva do chapéu de sol ou pela recta dos pneus;
- não há sinalização na estrada, porque se houvesse aqueles putos nunca me teriam ultrapassado, dado que dentro das localidades não se pode andar a mais de 60 à hora (limite que respeitei durante toda a prova);
- os tipos que nos fazem o briefing nunca têm mais de 4 dentes. E eu não consigo de pensar nisso durante a prova e, lá está, perco a concentração;
- o kart não é um carro familiar. E eu já não sei conduzir sem uma cadeira de bébé atrás, e a caixa do carro cheia de sacos do Pingo Doce. Não consigo.
Obviamente que esta minha antipatia para com o karting tem um bocadinho a ver com a idade. De facto, não só ninguém já diz "armado em Fittipaldi", como ninguém com menos de 50 anos saberá quem foi o Fittipaldi.
Mas o pior, mesmo o pior dos karts, são as dores nos braços e nas omoplatas no dia a seguir. São dores quase mais agonizantes do que as da alma quando se ouvem as declarações do Fernando Santos.
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